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Grevistas não arredam pé da zona de Zibreira

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Grevistas não arredam pé da zona de Zibreira Empty Grevistas não arredam pé da zona de Zibreira

Mensagem  Admin Qui Jun 12, 2008 1:36 am

«A morte do meu pai não pode ser em vão»
Grevistas não arredam pé da zona de Zibreira, em Torres Novas. Homem atropelado tentou impedir proprietário de uma transportadora de furar paralisação.
«Agora é que não desmobilizamos de certeza». Em Espanha, um camionista também foi colhido mortalmente
Por: Judite FrançaVota 12345Resultado 1234518 votos

«Se o bloqueio continuar, o País pára»

O piquete mantém-se à porta da base do Minipreço, na EN 3, junto à A23, e é o próprio filho da vítima mortal, que faleceu cerca das 13h, que deixa o apelo: «A morte do meu pai não pode ser em vão». Luís Ventura só abandonou o cruzamento onde viu morrer o pai, depois de o terem convencido a ir a casa. Mas prometeu regressar para, ao lado de cerca de 40 camionistas, continuar a paralisação. «Depois do que aconteceu, com que cara é que vamos embora? Agora é que não desmobilizamos de certeza», disse ao PortugalDiário outro elemento do piquete, e amigo da vítima há muitos anos.

«Se o filho está aqui, nós vamos abandoná-lo? Nem pensar!», garantiu João Palmeiro que assistiu ao momento fatal que tirou a vida a José Ventura. «Foi um assassínio. Nem sequer parou ou abrandou junto ao sinal STOP». Os ânimos exaltados da tarde, sob um sol abrasador, foram dando lugar a comentários mais comedidos por parte de alguns elementos do piquete. Manuel Agostinho, que também presenciou o atropelamento, confessou ao PortugalDiário que «às vezes as pessoas perdem o juízo».

«Acho que ele não queria fazer isto. Mas agiu num impulso», comentou, recordando que entre os camionistas subsiste a frustração de «ver alguns a andar e outros parados. Temos de estar unidos, senão nada muda».

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O PortugalDiário recolheu algumas informações que dão conta que o dono da empresa que atropelou José Ventura quereria formar um «comboio» de camiões para furar o bloqueio, mas acabou por seguir só, depois de o funcionário, que cerca das 11h tinha descarregado mercadorias na base do Minipreço, se ter recusado a seguir viagem.

Do piquete de greve garantem que não impedem ninguém de continuar na estrada. A tese alinha com a da GNR, que mantém dezenas de efectivos no local, tendo reforçado o dispositivo ao início desta tarde. Ao PortugalDiário, o tenente Figueiredo, do Comando Distrital de Santarém, explica que o indivíduo foi abordado pelo piquete «para o sensibilizar e juntar à causa». Mas o camião «iniciou de novo a marcha, tendo havido algumas tentativas para imobilizar o veículo». A vítima, que se terá empoleirado na cabine, caiu e foi colhida pelo pesado.

«Aconteceu tudo numa fracção de segundo», relata João Palmeiro: «A roda da frente tocou-lhe, mas ele depois virou o carro para a esquerda e passou-lhe por cima». Para o motorista, que está no piquete de greve desde as 00h00 de segunda-feira, quando eram apenas quatro camionistas - hoje são mais de uma dezena - houve intenção de atingir o grevista. Mas a GNR reafirma que só no decurso da investigação se ficará a saber se houve «dolo, negligência ou mera infelicidade».

http://diario.iol.pt/sociedade/alcanena-paralisacao-camionistas-greve-camioes-combustiveis/961260-4071.html
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