Conto de fadas grego acabou nos pés de Ibrahimovic
Página 1 de 1
Conto de fadas grego acabou nos pés de Ibrahimovic
Conto de fadas grego acabou nos pés de Ibrahimovic 10.06.2008 - 22:52 Manuel Assunção |
Nenhuma selecção conseguiu defender com sucesso o seu título de campeã europeia de futebol. Pela amostra desta noite, ainda não deverá ser desta que aparece uma excepção à regra. A Grécia acordou do sonho vivido no Euro 2004 com um grande pontapé de Zlatan Ibrahimovic, que guiou a Suécia a uma vitória (2-0) sobre o campeão, em Salzburgo, Áustria. “As memórias de 2004 são fantásticas, mas temos de as deixar para trás e olhar para o futuro”, afirmou Traianos Dellas antes do jogo inaugural. O futuro dos gregos vai depender do jogo de sábado com a Rússia. O mesmo treinador, os mesmos jogadores, o mesmo estilo defensivo. Em relação a 2004, a Grécia só não tem a surpresa do seu lado. Única equipa do Europeu que joga com três centrais, foi a mesma formação aborrecida, sem assumir riscos, da competição organizada por Portugal. A meio da primeira parte, todos os adeptos não gregos no Wals-Siezenheim começaram a assobiar a selecção helénica, que tentava “adormecer” o adversário com passes contínuos, para o lado ou para trás, entre os seus centrais. “Foi um jogo difícil, sobretudo para os atacantes”, reconheceu Ibrahimovic. A estratégia funcionou há quatro anos, ontem a eficácia não foi a mesma. “Não podemos limitar-nos a passar a bola 50 vezes no meio do campo. De vez em quando, é preciso ir para a frente. Com este jogo, não podemos sobreviver contra as melhores equipas da Europa. Temos de mudar o estilo de jogo, se não seremmos eliminados”, criticou o atacante Amanatidis. A Suécia, com Ibrahimovic e Henrik Larsson no ataque, tinha mais vontade, mas nunca é fácil marcar à Grécia. A primeira parte foi muito fraca. Os 36 anos de Larsson contribuem para fazer da selecção nórdica a mais velha da prova (média de 29 anos e 85 dias), mas o jogador do Helsingborg serve para mais coisas. Foi com ele que Ibrahimovic fez uma tabela antes de marcar um dos golos mais espectaculares do campeonato, um remate de fora da área ao ângulo da baliza de Nikopolidis, que voltou a ser batido num Europeu depois de ter “fechado” a sua baliza nos quartos-de-final, na meia-final e na final da edição anterior – o recorde de cinco jogos seguidos sem sofrer golos de Edwin van der Sar (Holanda) está a salvo. “Perdemos Ibrahimovic de vista por um segundo...”, lamentou Otto Rehhagel, seleccionador grego. O lance decisivo do jogo aconteceu aos 67’, curiosamente quando a Grécia dava alguns sinais de ambição, e terminou com outra série, esta negativa: o avançado do Inter de Milão não marcava pelo seu país desde Outubro de 2005, há 14 jogos. O segundo golo sueco aconteceu pouco depois e teve novamente o “velhinho” Henrik Larsson na jogada. O n.º 17 isolou Ljungberg e este não conseguiu marcar, mas a fé do defesa-central Petter Hansson manteve a jogada viva e, às duas ou três tabelas, conseguiu colocar o seu nome na lista de marcadores. Com quatro anos para testarem possibilidades, os adversários da Grécia lá conseguiram finalmente arranjar um antídoto para o seu veneno. “No próximo jogo temos de aparecer com outra cara”, admitiu Rehhagel. Tem mesmo, mas um segundo milagre parece improvável. |
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|