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PAQUISTÃO-Musharraf com os dias contados

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Mensagem  Admin Dom Jun 15, 2008 2:09 am

Paquistão
Musharraf com os dias contados

Uma longa marcha popular pediu a saída do general



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Advogados paquistaneses queimam fotografias do Presidente Musharraf FOTO KHALID TANVEER/AP

Aquele que era, até agora, o mais forte aliado dos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo, o Presidente paquistanês Pervez Musharraf, tornou-se o parceiro mais fraco de sempre. Aos poucos, o general está a perder controlo sobre tudo o que superintendia sozinho antes das eleições de 18 de Fevereiro de 2008, que levaram ao poder os seus inimigos políticos. A sua extinção política parece iminente.
Centenas de milhares de paquistaneses, vindos de todo o país, iniciaram uma longa marcha para montar cerco ao palácio presidencial, em Islamabad, e forçá-lo a renunciar ao poder. “Estou sob a pressão das massas. Não precisam de comida, não precisam de mais nada, mas anseiam por ver Musharraf ser mandado para casa”, diz Asif Zardari, co-presidente do Partido do Povo, que está no governo, e viúvo da antiga primeira-ministra Benazir Bhutto.
“Não me demito se o Governo propuser uma moção (contra mim)”, reagiu o Presidente.
Musharraf foi intimado não oficialmente pelo novo governo a apresentar a demissão e partir para o exílio num país à escolha, antes do descontentamento público assumir maiores dimensões. Caso o general opte por agarrar-se ao poder, o novo governo anunciou a intenção de o impugnar no Parlamento.
Nas ruas, a pressão está a aumentar para que o Presidente seja julgado sob a acusação de alta traição. “Musharraf tem de ser punido por violação da Constituição e por abrir uma frente de guerra com a Índia sobre o disputado território da Caxemira sem a minha aprovação vinculativa”, disse Nawaz Sharif, que era primeiro-ministro por ocasião da guerra localizada com a arqui-rival Índia, em 1999. Musharraf, como chefe das Forças Armadas, derrubou o seu governo nesse mesmo ano.
Entre a multidão que se dirige para Islamabad segue Iftkhar Muhammad Chaudhary, o popular juiz presidente do Supremo Tribunal demitido por Musharraf, juntamente com mais 59 juízes constitucionais, no ano passado. “Os violadores da Constituição têm de ser punidos para que seja estabelecido o Estado de direito e a democracia no Paquistão”, afirmou o juiz que foi reconduzido no cargo após uma tremenda pressão popular.
Esse apoio popular colocou uma vez mais o aparelho judicial no centro das atenções para forçar o novo governo a reconduzir todos os juízes constitucionais.
“Realmente, agora não é preciso muito para desalojar Musharraf. Ele já está junto da porta de saída dos corredores do poder”, diz Atzaz Ahsan, um estratega político que lidera o movimento dos advogados que pede a reintegração dos juízes e o julgamento do general.
Mas nem só Musharraf teme a recondução dos juízes. O partido no Governo receia que os magistrados possam anular o perdão presidencial negociado pelos Estados Unidos para arquivar os processos de corrupção financeira no montante de 1,5 mil milhões de dólares, contra o marido da falecida Benazir Bhutto.
Ainda assim, perante o desgaste rápido que a credibilidade do governo está a sofrer, o executivo está a ponderar a reintegração de todos os juízes para neutralizar a longa marcha popular em direcção a Islamabad.
Javed Rana, correspondente em Islamabad
http://aeiou.semanal.expresso.pt/1caderno/internacional.asp?edition=1859&articleid=ES294108
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