Referendo: Irlanda diz que resolução do impasse também cabe à UE
2 participantes
Página 1 de 1
Referendo: Irlanda diz que resolução do impasse também cabe à UE
Referendo: Irlanda diz que resolução do impasse também cabe à UE
15.06.2008 - 19h23 PÚBLICO, Agências
O
primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, entende que cabe à União
Europeia, e não apenas a Dublin, encontrar uma saída para o dilema
provocado pela rejeição do Tratado de Lisboa no referendo organizado
pelo país.
“Quero que a Europa contribua com algumas soluções em
vez de sugerir que isto é apenas um problema da Irlanda”, afirmou Cowen
em declarações ao canal público de rádio RTE.
Num recado aos
parceiros europeus, o primeiro-ministro irlandês lembra que “se não
houver desenvolvimentos políticos” “o Tratado não pode evidentemente
entrar em vigor”, pois este tem de ser ratificado pelos 27
Estados-membros.
Cowen admite, porém, que a Irlanda poderá
ficar isolada se for o único Estado a rejeitar o novo tratado europeu,
o que não trará benefícios ao país. “A Irlanda está numa posição que
vai ter de resolver”, sublinhou.
Depois da surpresa causada pelo
anúncio dos resultados do referendo irlandês – com o “não” a obter 53,4
por cento dos votos –, a quase totalidade dos líderes europeus defendeu
a continuação do processo de ratificação, permitindo aos oito países
que ainda não o fizeram pronunciar-se sobre o tratado.
A
decisão deve ser tomada na cimeira europeia da próxima quinta e
sexta-feira, em Bruxelas, e aumentam os indícios de que os
Estados-membros tentarão convencer Dublin a realizar uma nova consulta
popular, mediante algumas cedências, como a garantia de que o país
manterá um comissário após 2014.
Espera-se, por isso, que Cowen
seja colocado sob pressão para decidir qual o caminho que a Irlanda
quer seguir, havendo mesmo quem admita que uma eventual saída da UE
poderá estar em cima da mesa.
O primeiro-ministro irlandês
confirmou que os seus homólogos lhe apresentaram várias concessões
“sobre várias matérias”, mas sustenta que “não há uma solução óbvia”
para resolver o impasse, tanto mais que a repetição do referendo não
seria vista com bons olhos pelo eleitorado.
“A minha tarefa é a
de garantir que os nossos interesses não sejam lesados, que sejam tidos
em conta, que sejam defendidos. Trata-se de encontrar soluções que,
neste momento, não me parecem evidentes”, explicou, antecipando o
difícil encontro da próxima semana.
Após a divulgação dos
resultados, o primeiro-ministro irlandês, que liderou a campanha a
favor do “sim”, não quis excluir a hipótese de repetir a consulta, tal
como sucedeu em 2002 com um segundo referendo ao Tratado de Nice, um
ano após o chumbo na primeira votação. Contudo, vários analistas
consideram que esta é uma estratégia de risco que poderá ser vista como
uma humilhação para a Irlanda, um dos pequenos países da UE, face à
pressão de Bruxelas e dos grandes Estados.
15.06.2008 - 19h23 PÚBLICO, Agências
O
primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, entende que cabe à União
Europeia, e não apenas a Dublin, encontrar uma saída para o dilema
provocado pela rejeição do Tratado de Lisboa no referendo organizado
pelo país.
“Quero que a Europa contribua com algumas soluções em
vez de sugerir que isto é apenas um problema da Irlanda”, afirmou Cowen
em declarações ao canal público de rádio RTE.
Num recado aos
parceiros europeus, o primeiro-ministro irlandês lembra que “se não
houver desenvolvimentos políticos” “o Tratado não pode evidentemente
entrar em vigor”, pois este tem de ser ratificado pelos 27
Estados-membros.
Cowen admite, porém, que a Irlanda poderá
ficar isolada se for o único Estado a rejeitar o novo tratado europeu,
o que não trará benefícios ao país. “A Irlanda está numa posição que
vai ter de resolver”, sublinhou.
Depois da surpresa causada pelo
anúncio dos resultados do referendo irlandês – com o “não” a obter 53,4
por cento dos votos –, a quase totalidade dos líderes europeus defendeu
a continuação do processo de ratificação, permitindo aos oito países
que ainda não o fizeram pronunciar-se sobre o tratado.
A
decisão deve ser tomada na cimeira europeia da próxima quinta e
sexta-feira, em Bruxelas, e aumentam os indícios de que os
Estados-membros tentarão convencer Dublin a realizar uma nova consulta
popular, mediante algumas cedências, como a garantia de que o país
manterá um comissário após 2014.
Espera-se, por isso, que Cowen
seja colocado sob pressão para decidir qual o caminho que a Irlanda
quer seguir, havendo mesmo quem admita que uma eventual saída da UE
poderá estar em cima da mesa.
O primeiro-ministro irlandês
confirmou que os seus homólogos lhe apresentaram várias concessões
“sobre várias matérias”, mas sustenta que “não há uma solução óbvia”
para resolver o impasse, tanto mais que a repetição do referendo não
seria vista com bons olhos pelo eleitorado.
“A minha tarefa é a
de garantir que os nossos interesses não sejam lesados, que sejam tidos
em conta, que sejam defendidos. Trata-se de encontrar soluções que,
neste momento, não me parecem evidentes”, explicou, antecipando o
difícil encontro da próxima semana.
Após a divulgação dos
resultados, o primeiro-ministro irlandês, que liderou a campanha a
favor do “sim”, não quis excluir a hipótese de repetir a consulta, tal
como sucedeu em 2002 com um segundo referendo ao Tratado de Nice, um
ano após o chumbo na primeira votação. Contudo, vários analistas
consideram que esta é uma estratégia de risco que poderá ser vista como
uma humilhação para a Irlanda, um dos pequenos países da UE, face à
pressão de Bruxelas e dos grandes Estados.
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
Re: Referendo: Irlanda diz que resolução do impasse também cabe à UE
O TRETAdo de LISBOA, nao vale o PAPEL em que esta escrito!!! OBRIGADO IRLANDA!!!
RONALDO ALMEIDA- Mensagens : 190
Data de inscrição : 04/06/2008
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|