Um jogo com três partes e sentido único

Um jogo com três partes e sentido único

O
médio Andrey Arshavin, com um golo e uma assistência na segunda parte
do prolongamento, foi considerado o homem do jogo para a UEFA. Num
encontro emocionante, o jogador do Zenit São Petersburgo (também
conquistou a Taça UEFA esta época) assistiu, aos 112 minutos,
Torbinski, que colocou a Rússia a vencer, e selou, quatro minutos
depois, o triunfo da selecção do holandês Guus Hiddink, que havia dito
na véspera que, em caso de vitória da Rússia, não temia ser considerado
um traidor na sua terra natal e que até estava esperançado em ser
considerado o grande traidor do ano...

No estádio St.
Jakob-Park, em Basileia, caíram a Holanda e Portugal, as duas selecções
que, após os jogos da fase de grupos, eram consideras as favoritas à
vitória final deste Campeonato da Europa. O encontro marcou igualmente
o último jogo de Marco Van Basten como seleccionador holandês, e a
despedida do guarda-redes Van der Sar, de 37 anos, que representou a
"laranja mecânica" em 129 jogos.

A superioridade dos russos
foi tão grande que no final Rafael van der Vaart rendeu-se ao melhor
jogo do adversário: “A equipa da Rússia preparou-se muito bem para este
jogo e nós, nós jogámos mal. Fomos justamente eliminados. Entrámos mal
no jogo e nunca conseguimos atingir o nível dos nossos jogos da
primeira fase”, afirmou depois da partida o desalentado médio holandês.

Já
Marco van Basten também aceitou a superioridade russa: “Os russos foram
verdadeiramente melhores que nós. Fizemos jogos fantásticos na primeira
fase, mas hoje não conseguimos repetir essas exibições”, analisou o
seleccionador holandês.

Para Guus Hiddink, a sua equipa
conseguiu algo de “impossível”. “Geralmente, a Holanda é uma equipa
impossível de dominar no plano táctico, técnico e físico mas nós hoje
conseguimos impor-nos nesses campos”, justificou o técnico