Combustíveis-Espanha abastece 6% do consumo nacional
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Combustíveis-Espanha abastece 6% do consumo nacional
Combustíveis
Espanha abastece 6% do consumo nacional
BP encara o país vizinho como uma marca concorrente
Espanha transformou-se numa marca concorrente para as petrolíferas que operam em Portugal. A BP diz que 6% do consumo nacional de combustíveis é abastecido em postos espanhóis e já tem uma estratégia adequada a esta alteração da procura.
“Nos nossos painéis de consumo portugueses incluímos uma marca fictícia, que é Espanha, a que atribuímos uma quota de mercado de 6% e que corresponde ao volume de compras de combustíveis que os consumidores portugueses deslocalizam para o mercado espanhol”, refere o administrador da BP em Portugal, José Serrano Gordo. Esta nova tendência implica um diferente relacionamento da BP com os seus clientes e altera a forma como aborda o mercado português, na dupla perspectiva das campanhas de promoção e da análise da actividade dos postos de abastecimento. Além disso, a nível internacional, o aumento da importância das energias alternativas também alterou a hierarquização interna das actividades desenvolvidas pela BP, onde o sector da refinação aparece agora muito mais conjugado com o sector comercial. “Hoje as decisões de produção estão mais integradas com as necessidades comerciais, por isso a lógica industrial que orienta a refinação deve dar prioridade à produção de gasóleo para responder à procura do consumidor europeu, que vive num mercado dieselizado”, esclarece.
Assim, os paradigmas de gestão das empresas petrolíferas adaptam-se à nova realidade. Os mercados locais passaram a ser encarados com maior dinamismo e agilidade, assumindo agora um papel diferente na hierarquia interna das petrolíferas. “A principal área da BP é agora a da Cadeia de Valor dos Combustíveis («Fuels Value Chain»), seguida pela área da Refinação, embora as duas estejam interligadas”, explica o administrador da BP, referindo que “só em terceiro lugar é que surgem os negócios internacionais”.
Com 306 postos de abastecimento em Portugal e uma quota de 20% do mercado em volume de vendas, a BP tenta dar uma resposta quase imediata às alterações do consumo. Por isso, toda a estratégia das campanhas de promoção da BP já foi alterada, permitindo que as iniciativas previstas para o mercado português possam ser alargadas aos abastecimentos efectuados pelos consumidores portugueses nos postos da BP em Espanha.
E a situação dos postos fronteiriços vai ser encarada com realismo. “É difícil pensar que as empresas do sector e os empresários com postos franquiados vão conseguir manter abertos os postos fronteiriços, quando há situações em que a quebra de vendas é da ordem dos 80%”, refere Serrano Gordo. “Mesmo com reajustes no preço do barril de petróleo, tudo indica que vão continuar a aumentar os preços de venda das gasolinas e dos gasóleos”, diz.
http://aeiou.semanal.expresso.pt/2caderno/economia/artigo.asp?edition=1858&articleid=ES293273
Espanha abastece 6% do consumo nacional
BP encara o país vizinho como uma marca concorrente
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Serrano Gordo, administrador da BP FOTO ANTÓNIO PEDRO FERREIRA |
“Nos nossos painéis de consumo portugueses incluímos uma marca fictícia, que é Espanha, a que atribuímos uma quota de mercado de 6% e que corresponde ao volume de compras de combustíveis que os consumidores portugueses deslocalizam para o mercado espanhol”, refere o administrador da BP em Portugal, José Serrano Gordo. Esta nova tendência implica um diferente relacionamento da BP com os seus clientes e altera a forma como aborda o mercado português, na dupla perspectiva das campanhas de promoção e da análise da actividade dos postos de abastecimento. Além disso, a nível internacional, o aumento da importância das energias alternativas também alterou a hierarquização interna das actividades desenvolvidas pela BP, onde o sector da refinação aparece agora muito mais conjugado com o sector comercial. “Hoje as decisões de produção estão mais integradas com as necessidades comerciais, por isso a lógica industrial que orienta a refinação deve dar prioridade à produção de gasóleo para responder à procura do consumidor europeu, que vive num mercado dieselizado”, esclarece.
Assim, os paradigmas de gestão das empresas petrolíferas adaptam-se à nova realidade. Os mercados locais passaram a ser encarados com maior dinamismo e agilidade, assumindo agora um papel diferente na hierarquia interna das petrolíferas. “A principal área da BP é agora a da Cadeia de Valor dos Combustíveis («Fuels Value Chain»), seguida pela área da Refinação, embora as duas estejam interligadas”, explica o administrador da BP, referindo que “só em terceiro lugar é que surgem os negócios internacionais”.
Com 306 postos de abastecimento em Portugal e uma quota de 20% do mercado em volume de vendas, a BP tenta dar uma resposta quase imediata às alterações do consumo. Por isso, toda a estratégia das campanhas de promoção da BP já foi alterada, permitindo que as iniciativas previstas para o mercado português possam ser alargadas aos abastecimentos efectuados pelos consumidores portugueses nos postos da BP em Espanha.
E a situação dos postos fronteiriços vai ser encarada com realismo. “É difícil pensar que as empresas do sector e os empresários com postos franquiados vão conseguir manter abertos os postos fronteiriços, quando há situações em que a quebra de vendas é da ordem dos 80%”, refere Serrano Gordo. “Mesmo com reajustes no preço do barril de petróleo, tudo indica que vão continuar a aumentar os preços de venda das gasolinas e dos gasóleos”, diz.
http://aeiou.semanal.expresso.pt/2caderno/economia/artigo.asp?edition=1858&articleid=ES293273
J.F. Palma-Ferreira
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