Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
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Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
Alcatel-Lucent dá novo fôlego ao mítico centro de inovação tecnológica
Em Fevereiro de 1999, Tony Tyson, um investigador do Bell Labs, deslocou-se aos picos montanhosos dos Andes, no Chile, para tentar resolver um dos grandes mistérios do universo: a matéria negra que envolve os muitos milhões de estrelas do universo. Com a ajuda de telescópios e câmaras altamente sofisticadas, este cientista desenvolveu um algoritmo e uma técnica de tomografia. Resultado: pela primeira vez foi possível produzir imagens da intrigante matéria negra do cosmos.
Este importante avanço científico hoje não estaria provavelmente na agenda das prioridades do lendário centro de investigação e desenvolvimento (I&D) tecnológico. Actualmente, conforme refere Sid Ahuja, vice-presidente do Bell Labs, este laboratório “está focado em desenvolver inovação aplicada ao negócio” da empresa-mãe Alcatel-Lucent, ou seja, equipamento e serviços de telecomunicações. Tanto mais que, refere, “o ciclo de desenvolvimento de produtos é mais curto”.
Uma nova orientação do Bell Labs coincide com o novo fôlego que foi dado com a junção dos centros de investigação das duas empresas de ambos os lados do Atlântico e que permitiu que em 2006, pela primeira vez nos últimos anos, tivesse havido um crescimento do esforço de I&D para €2,7 mil milhões.
Ao todo, em França, nos EUA e noutras partes do globo, a Alcatel-Lucent tem hoje mais de 25 mil engenheiros e investigadores e parece capaz de dar continuidade ao glorioso passado: 11 prémios Nobel e 25 mil patentes activas.
Para acelerar a transição interna entre a I&D e a área comercial (o «spin-in»), o Bell Labs mantém uma espécie de capital de risco interno que financia os projectos dos investigadores com boa possibilidade de se tornarem produtos que não se ‘encaixam’ nas áreas de negócio.
Não obstante esta pressão pelos resultados imediatos, ainda se mantêm em funcionamento na sede dos Bell Labs, em Murray Hill, Nova Jersey (nos arredores de Nova Iorque), áreas de investigação, como é o caso da computação quântica, cujos resultados comerciais só serão possíveis obter num horizonte temporal nunca inferior a uma ou duas décadas.
Mas nos longos corredores da fábrica de inovação da Alcatel-Lucent em Nova Jersey, por entre alguns gabinetes e laboratórios vazios (fruto do emagrecimento dos últimos anos), continua a sentir-se nos desarrumados gabinetes dos investigadores a vitalidade própria dos locais onde nascem as novas tecnologias que criam rupturas e abrem novas fronteiras.
Esse é o caso dos investigadores Doug Gill e Mahmoud Rasras, que estão muito próximo de conseguir fazer história. Pretendem, através do projecto EPIC, criar equipamentos de reduzido custo capazes de fazer chegar aos lares dados a velocidades na casa dos gigabytes por segundo.
Algo que só é possível porque pela primeira vez estes investigadores conseguiram juntar luz e impulsos electromagnéticos dentro de um semicondutor.
Outra área de forte aposta dos Bell Labs é a segurança das redes de telecomunicações. Para o efeito, contratou o ex-FBI Carlos Solari, que chegou a ser o chefe do departamento de informática da Casa Branca e que tem em marcha uma estratégia de criação de produtos de combate às novas ameaças. Neste âmbito está em fase de pré-lançamento comercial (até ao final de 2008) o sistema Omni Access 3500 Nonstop Laptop que permite garantir segurança total à informação dos computadores portáteis, que hoje é um dos calcanhares de Aquiles das empresas.
O Bell Labs - que durante décadas fez parte da AT&T, o monopolista das telecomunicações norte-americanas, e mais tarde, em 1994, foi objecto de uma cisão para dar origem à Lucent Technologies - viveu momentos de glória e períodos de instabilidade. Está outra vez a emergir como um motor de inovação, mas já não é o local adequado para fazer descobertas sobre a matéria negra do cosmos.
O jornalista viajou a convite da Alcatel-Lucent
http://aeiou.semanal.expresso.pt/2caderno/economia/artigo.asp?edition=1859&articleid=ES293982
Alcatel-Lucent dá novo fôlego ao mítico centro de inovação tecnológica
Feixes moleculares são objecto de estudo nos laboratórios em Murray Hill |
Este importante avanço científico hoje não estaria provavelmente na agenda das prioridades do lendário centro de investigação e desenvolvimento (I&D) tecnológico. Actualmente, conforme refere Sid Ahuja, vice-presidente do Bell Labs, este laboratório “está focado em desenvolver inovação aplicada ao negócio” da empresa-mãe Alcatel-Lucent, ou seja, equipamento e serviços de telecomunicações. Tanto mais que, refere, “o ciclo de desenvolvimento de produtos é mais curto”.
Uma nova orientação do Bell Labs coincide com o novo fôlego que foi dado com a junção dos centros de investigação das duas empresas de ambos os lados do Atlântico e que permitiu que em 2006, pela primeira vez nos últimos anos, tivesse havido um crescimento do esforço de I&D para €2,7 mil milhões.
Ao todo, em França, nos EUA e noutras partes do globo, a Alcatel-Lucent tem hoje mais de 25 mil engenheiros e investigadores e parece capaz de dar continuidade ao glorioso passado: 11 prémios Nobel e 25 mil patentes activas.
Para acelerar a transição interna entre a I&D e a área comercial (o «spin-in»), o Bell Labs mantém uma espécie de capital de risco interno que financia os projectos dos investigadores com boa possibilidade de se tornarem produtos que não se ‘encaixam’ nas áreas de negócio.
Não obstante esta pressão pelos resultados imediatos, ainda se mantêm em funcionamento na sede dos Bell Labs, em Murray Hill, Nova Jersey (nos arredores de Nova Iorque), áreas de investigação, como é o caso da computação quântica, cujos resultados comerciais só serão possíveis obter num horizonte temporal nunca inferior a uma ou duas décadas.
Mas nos longos corredores da fábrica de inovação da Alcatel-Lucent em Nova Jersey, por entre alguns gabinetes e laboratórios vazios (fruto do emagrecimento dos últimos anos), continua a sentir-se nos desarrumados gabinetes dos investigadores a vitalidade própria dos locais onde nascem as novas tecnologias que criam rupturas e abrem novas fronteiras.
Esse é o caso dos investigadores Doug Gill e Mahmoud Rasras, que estão muito próximo de conseguir fazer história. Pretendem, através do projecto EPIC, criar equipamentos de reduzido custo capazes de fazer chegar aos lares dados a velocidades na casa dos gigabytes por segundo.
Algo que só é possível porque pela primeira vez estes investigadores conseguiram juntar luz e impulsos electromagnéticos dentro de um semicondutor.
Outra área de forte aposta dos Bell Labs é a segurança das redes de telecomunicações. Para o efeito, contratou o ex-FBI Carlos Solari, que chegou a ser o chefe do departamento de informática da Casa Branca e que tem em marcha uma estratégia de criação de produtos de combate às novas ameaças. Neste âmbito está em fase de pré-lançamento comercial (até ao final de 2008) o sistema Omni Access 3500 Nonstop Laptop que permite garantir segurança total à informação dos computadores portáteis, que hoje é um dos calcanhares de Aquiles das empresas.
O Bell Labs - que durante décadas fez parte da AT&T, o monopolista das telecomunicações norte-americanas, e mais tarde, em 1994, foi objecto de uma cisão para dar origem à Lucent Technologies - viveu momentos de glória e períodos de instabilidade. Está outra vez a emergir como um motor de inovação, mas já não é o local adequado para fazer descobertas sobre a matéria negra do cosmos.
O jornalista viajou a convite da Alcatel-Lucent
João Ramos, em Nova Iorque
O PASSADO... 1925 Criação dos Bell Telephone Laboratories por iniciativa da AT&T e da Western Electric 1927 Primeira transmissão de televisão de longa distância entre Washington e Nova Iorque 1933 Karl Jansky descobre as ondas de rádio na Via Láctea. Nasce a radioastronomia 1947 William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain criam o transístor, o elemento base dos semicondutores e da Sociedade da Informação 1951 Métodos para produzir os primeiros materiais de elevada pureza para semicondutores, abrindo caminho para «chips» de alto desempenho 1962 Bell Labs desenvolve o Telstar, o primeiro satélite de comunicações internacional 1969 Ken Thompson e Dennis Ritchie escrevem o sistema operativo Unix, que se tornaria um padrão para computadores onde funciona a Internet 1983 Bjarne Srousrup escreve a linguagem C++, que se tornaria a base do sistema Windows da Microsoft e de grande parte do software comercial 1984 Narendra Karmarkar inventa o algoritmo de programação linear que permite aos computadores a resolução de problemas com centenas de variáveis 1988 Criação do semicondutor multicamada que permite aumentar a velocidade de processamento 1998 Primeira transmissão de dados de longa distância de alto débito (1 terabit por segundo) numa única fibra óptica 2000 Invenção do F-15, um material orgânico que tornou possíveis os transístores de plástico 2006 A primeira transmissão mundial de 100 Gigabits/segundo através de uma rede Ethernet 2007 Recorde mundial de transmissão de dados numa única fibra óptica atinge 25,6 terabit por segundo |
... E O FUTURO Luz dentro do «chip» Integrar a informação em forma de luz (fotónica) nos semicondutores (baseados em impulsos electromagnéticos) era tarefa impossível de realizar até há pouco tempo, sem sofisticados equipamentos de interface. O Bell Labs já resolveu o problema e diz ter uma solução barata que pode ser fabricada de forma massificada. Não faltarão muitos anos para que a Internet chegue aos lares à velocidade da luz. Rede celular doméstica Para melhorar a eficiência energética e cobertura das redes celulares no interior das casas, o Bell Labs está a desenvolver uma tecnologia que traz vantagens para operadores e utilizadores. A televisão personalizada O Bell Labs está a estudar a maneira de aplicar os princípios do sistema de gestão de anúncios publicitários da Google à televisão. Ou seja, com a interactividade que o IPTV permite, as estações de TV passam a poder adaptar as mensagens publicitárias ao perfil dos telespectadores de cada lar. Portáteis mais seguros A Alcatel-Lucent está actualmente a lançar no mercado o OmniAccess 3500 Nostop Laptop Guardian - um produto que visa resolver as frequentes perdas e roubos de informação corporativa nos computadores portáteis. Com a nova tecnologia, estes equipamentos estão sempre localizáveis (via GPS) e podem ter os seus dados destruídos em caso de roubo. Micromáquinas Tal como já é possível ter antenas de telemóveis dentro de um «chip», outras aplicações de micromáquinas estão a ser estudadas no Bell Labs com aplicação nas áreas da saúde e da segurança. Localização por telemóvel Uma nova geração de aplicações de localização para serem usadas em redes sociais e jogos está a ser criada no projecto Geopepper. Ainda este ano poderão chegar à Europa. Por outro lado, o projecto Telesensing está a procurar usar as comunicações móveis no apoio à saúde. Microprojector para telemóvel Incorporar um projector no telemóvel para mostrar numa parede fotografias ou pequenos vídeos é o objectivo de um projecto dos Bell Labs que parece ter pernas para andar. Os primeiros produtos para incorporar nos telemóveis (ou vender em separado) deverão chegar ao mercado já em 2009. |
http://aeiou.semanal.expresso.pt/2caderno/economia/artigo.asp?edition=1859&articleid=ES293982
Re: Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
artigo interessante
muito interessante
Quando se me colocam avanços sobre tudo o que esta para alem da nossa imaginação eu faço um exercicio de lógica
Meto-me no palácio REAL do Afonso Henriques e mando reunir todos os homens da ciência
que na altura eram ou judeus ou arabes
e diria
Hoje vou falar sobre CHip e PCs
??????
Sera que por mais argumentos que expressam eles teriam bagagem para ... tal ...
Meus caros amigos
Eu sou do tempo das galenas
Quando foi descoberta a radio ...a gente trazia para casa uma caixa enorme cheia de botões tendo nas tripas valvulas
Ou seja essas valvulas captavam o sinal e ampliavam-no
Nas galenas nos fazíamos uma bobine que apanhava o sinal no ar e esse sinal era " ampliado " atraves de um bocado de "PEDRA " GALENA (? ) QUE LIGADO A UM CONDENSADOR E AUSCULTADORES ouviamos musica
Uma galena na altura era do tamanho de uma caixa de fosforos
Tive varias feitas por mim
os transistores apareceram e modificaram toda a logica
muito interessante
Quando se me colocam avanços sobre tudo o que esta para alem da nossa imaginação eu faço um exercicio de lógica
Meto-me no palácio REAL do Afonso Henriques e mando reunir todos os homens da ciência
que na altura eram ou judeus ou arabes
e diria
Hoje vou falar sobre CHip e PCs
??????
Sera que por mais argumentos que expressam eles teriam bagagem para ... tal ...
Meus caros amigos
Eu sou do tempo das galenas
Quando foi descoberta a radio ...a gente trazia para casa uma caixa enorme cheia de botões tendo nas tripas valvulas
Ou seja essas valvulas captavam o sinal e ampliavam-no
Nas galenas nos fazíamos uma bobine que apanhava o sinal no ar e esse sinal era " ampliado " atraves de um bocado de "PEDRA " GALENA (? ) QUE LIGADO A UM CONDENSADOR E AUSCULTADORES ouviamos musica
Uma galena na altura era do tamanho de uma caixa de fosforos
Tive varias feitas por mim
os transistores apareceram e modificaram toda a logica
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
Re: Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
eis uma galena
velhos tempos
velhos tempos
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
Re: Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
eis o calhau galena
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
Re: Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
porque o tema é interessante vou abrir uma janela
sobre galenas
sobre galenas
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
Re: Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
Vitor mango escreveu:artigo interessante
muito interessante
Quando se me colocam avanços sobre tudo o que esta para alem da nossa imaginação eu faço um exercicio de lógica
Meto-me no palácio REAL do Afonso Henriques e mando reunir todos os homens da ciência
que na altura eram ou judeus ou arabes
e diria
Hoje vou falar sobre CHip e PCs
??????
Sera que por mais argumentos que expressam eles teriam bagagem para ... tal ...
Meus caros amigos
Eu sou do tempo das galenas
Quando foi descoberta a radio ...a gente trazia para casa uma caixa enorme cheia de botões tendo nas tripas valvulas
Ou seja essas valvulas captavam o sinal e ampliavam-no
Nas galenas nos fazíamos uma bobine que apanhava o sinal no ar e esse sinal era " ampliado " atraves de um bocado de "PEDRA " GALENA (? ) QUE LIGADO A UM CONDENSADOR E AUSCULTADORES ouviamos musica
Uma galena na altura era do tamanho de uma caixa de fosforos
Tive varias feitas por mim
os transistores apareceram e modificaram toda a logica
Fantástico!!!
Temos aqui gente que meteu as mãos na massa.
O 1º transistor (permite ampliar o sinal) foi implementado em 1947.
A descoberta do efeito de rectificação (permite recuperar o som/envolvente da onda portadora) foi demonstrado pela primeira vez por Braun em 1874.
http://en.wikipedia.org/wiki/Cat's_whisker
"Bigodes de gato"
Como com contactos entres espécies diferentes (simplificando...) se revolucionou, revoluciona e revolucionará o mundo.
Última edição por Admin em Dom Jun 15, 2008 1:43 pm, editado 2 vez(es)
Re: Bell Labs quer recuperar o brilho do passado
Vitor mango escreveu:eis uma galena
velhos tempos
O meu primeiro rádio pessoal foi uma galena. Leveia-a para o Colégio de Tomar, ás escondidas, não fosse ficar sem ele. E á noite, debaixo dos lençois, com uns aucultadores enormes, lá ia ouvindo a música que se fazia. Notícias poucas que o botas não gostava. Mas foi com a galena que soube que o Santa Maria tinha sido ocupado por Henrique Galvão. Passei a noite esperando pormenores. Que nunca chegavam...
Rui Aguiar- Mensagens : 135
Data de inscrição : 04/06/2008
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