A nova economia
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A nova economia
Camilo Lourenço
A revolução do têxtil
camilolourenco@gmail.com
Foi o primeiro sector da economia a sofrer o embate da abertura de mercados. Muito por culpa da mão-de-obra barata em que assentava a sua competitividade. O que sucedeu a seguir é conhecido: falências em massa, aceleradas pela abertura dos mercados às importações da China e Índia. Não tardou que aparecessem as habituais carpideiras a sugerir que não havia lugar para o têxtil.
A experiência recente mostra que não é assim. Veja-se o aparecimento de empresas cujo modelo de negócio não assenta na mão-de-obra barata mas no valor acrescentado (com inovação à mistura). Quem visitar a cintura industrial têxtil constata que, no meio dos destroços fumegantes de empresas que não se adaptaram à mudança, estão a nascer unidades empresariais de ponta. Com capacidade para competir com os melhores. Como as empresas que fornecem equipamentos de ponta aos atletas, de várias nacionalidades, presentes nos Jogos Olímpicos (v.g. a Petratex, cujo fato de banho está a fazer cair recordes do mundo na natação). Empresas que já não se limitam a fabricar, mas a inovar. E a patentear as inovações, verbo até há pouco inexistente no dicionário da gestão portuguesa.
O que se está a passar na indústria têxtil é a confirmação de que não há sectores condenados. Há empresas bem e mal geridas. Cortesia da abertura dos mercados, que obrigaram os empresários a usar a cabeça, em vez do proteccionismo, para sobreviver.
Gostei. Quando há dias num forum paralelo fui atacado por dizer algo semelhante, gostaria de ter tido esse exemplo para apresentar. Relembrando, dizia que a fábrica da IKEA ia criar 500 postos de trabalho. Alguém que odeia esse país, respondia "Sim, mas perderam-se outros 500 de pequenas indústrias instaladas". Essas pequenas indústrias, baseadas na mão de obra barata e com o lápis atráz da orelha, não sobrevivem. Sobrevive tudo aquilo que foi actualizado, modernizado e não baseado no baratuxo. Por muito que custe a muita gente.
A revolução do têxtil
camilolourenco@gmail.com
Foi o primeiro sector da economia a sofrer o embate da abertura de mercados. Muito por culpa da mão-de-obra barata em que assentava a sua competitividade. O que sucedeu a seguir é conhecido: falências em massa, aceleradas pela abertura dos mercados às importações da China e Índia. Não tardou que aparecessem as habituais carpideiras a sugerir que não havia lugar para o têxtil.
A experiência recente mostra que não é assim. Veja-se o aparecimento de empresas cujo modelo de negócio não assenta na mão-de-obra barata mas no valor acrescentado (com inovação à mistura). Quem visitar a cintura industrial têxtil constata que, no meio dos destroços fumegantes de empresas que não se adaptaram à mudança, estão a nascer unidades empresariais de ponta. Com capacidade para competir com os melhores. Como as empresas que fornecem equipamentos de ponta aos atletas, de várias nacionalidades, presentes nos Jogos Olímpicos (v.g. a Petratex, cujo fato de banho está a fazer cair recordes do mundo na natação). Empresas que já não se limitam a fabricar, mas a inovar. E a patentear as inovações, verbo até há pouco inexistente no dicionário da gestão portuguesa.
O que se está a passar na indústria têxtil é a confirmação de que não há sectores condenados. Há empresas bem e mal geridas. Cortesia da abertura dos mercados, que obrigaram os empresários a usar a cabeça, em vez do proteccionismo, para sobreviver.
Gostei. Quando há dias num forum paralelo fui atacado por dizer algo semelhante, gostaria de ter tido esse exemplo para apresentar. Relembrando, dizia que a fábrica da IKEA ia criar 500 postos de trabalho. Alguém que odeia esse país, respondia "Sim, mas perderam-se outros 500 de pequenas indústrias instaladas". Essas pequenas indústrias, baseadas na mão de obra barata e com o lápis atráz da orelha, não sobrevivem. Sobrevive tudo aquilo que foi actualizado, modernizado e não baseado no baratuxo. Por muito que custe a muita gente.
Rui Aguiar- Mensagens : 135
Data de inscrição : 04/06/2008
Idade : 80
Localização : Cascais
Re: A nova economia
Essas pequenas indústrias, baseadas na
mão de obra barata e com o lápis atráz da orelha, não sobrevivem.
Sobrevive tudo aquilo que foi actualizado
aplaudo porque concordo ..............lembra-se logo a seguir ao 25 de Abril ás maquinas de escrever MESSA ...onde o governo na altura nao deixou fechar ? e o que aconteceu ?...dinheiro atirado á rua ...e a possibilidade de ter entrado la outra industria viavel
Vitor mango- Mensagens : 304
Data de inscrição : 04/06/2008
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